‘Droga zumbi’ K9 chega a Rio Preto e acende alerta

  • 02/06/2023

‘Droga zumbi’ K9 chega a Rio Preto e acende alerta

A droga sintética K9, apelidada de “droga zumbi”, já chegou em Rio Preto e seus efeitos colaterais já causaram a internação de uma pessoa na cidade, segundo o promotor de Justiça Tiago Fonseca, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Ele alerta para os riscos de uma epidemia de consumo do novo entorpecente.

Não há quantidade precisa de apreensões da K9 em Rio Preto, porque as polícias Civil e Militar catalogam a droga junto com todos os outros tipos de maconha.

A K9 é um canabinoide sintético derivado da maconha (cannabis). Foi criada a partir da evolução na fabricação de outra maconha sintética, a K4, ambas processadas em laboratórios clandestinos.

Diferentemente da K4 apresentada de forma vegetal, a K9 é comercializada em papel. A substância é borrifada para depois ser consumida como cigarro.

Cada folha de A4 pode ser cortada em 1,2 mil micropontos, comercializados cada um por R$ 30, o que pode render ao traficante R$ 36 mil, o que explica a expansão do comércio desta droga, diz o promotor.

“O efeito alucinógeno pode ser 100 vezes superior ao da maconha natural. Causa efeitos corporais terríveis. As pessoas perdem o controle do corpo, podem infartar ou ter surtos psicóticos.”

O termo droga zumbi vem da expressão física dos usuários, que chegam a ter convulsões corporais após o consumo, o que lembra o comportamento dos zumbis de filmes e séries.

Tiago afirma que, em parceria com a Polícia Militar, o Gaeco de Rio Preto já realizou operações na região de combate à K9. Como era um entorpecente não catalogado, o MP pediu para o Instituto de Criminalística comprar um equipamento especial, a máquina cromatógrafo gasoso, para que seja feita análise química de composições. Com base neste estudo é possivel fazer os laudos para indiciar os traficantes. Antes disso, nenhum poderia sequer ser processado.

“Nós tivemos apreensões da droga e descoberta de laboratórios de fabricação desta droga na região de Rio Preto. Temos outras investigações para prender outros traficantes”, diz o promotor.

Allan Soares, delegado com passagem pela Delegacia de Inevestigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Rio Preto e Votuporanga, também afirma ter feito apreensões da K9 na região.

“A quantidade não é expressiva em comparação com a maconha tradicional, mas essa é uma característica da K9. Em uma folha de papel pode ter milhares de micropontos”, diz o delegado.

Tanto Polícia Civil quanto Ministério Público apontam como estratégia para combater a droga o rígido controle dos componentes químicos utilizados em sua fabricação, inclusive com rastreamento, para evitar os desvios.

Por outro lado, defendem a estruturação da rede de saúde para tratar os dependentes químicos deste tipo de droga, que pode se tornar uma epidemia entre os usuários.


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